quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ARTIGO IMPORTANTE-FORUM ESPÍRITA


KARDEC E O ESQUECIMENTO DO PASSADO

Corria o ano de 2007, e aquela mulher ainda vivia no ano de 1967, época em que o marido a deixara para viver com outra. O ex-marido se casou, teve filhos, e ela lamentavelmente vivia 40 anos atrás, pensando no que fizera de errado para perder o “amor de sua vida”. 

Desde então, foram tempos de tristeza. Não se casou, não mais namorou, e sequer fez novos amigos, tudo porque preferia ficar se machucando com um passado que deveria ser esquecido. 

Ao tomar conhecimento dessa história compreendemos as razões do esquecimento temporário que experimentamos ao reencarnarmos para as lides terrenas, sendo esse esquecimento um presente que a Providência Divina nos concede. Imagine o que ocorreria com a mulher da história acima se tivesse o conhecimento de todo seu passado? 

Kardec não deixou passar despercebida a questão envolvendo o Esquecimento Temporário, e abordou o assunto com os sábios da espiritualidade em O Livro dos Espíritos: 

P (392) – Por que o Espírito encarnado perde a lembrança de seu passado?

R – O homem não pode nem deve saber tudo. Deus em Sua sabedoria quer assim. Sem o véu que lhe encobre certas coisas, o homem ficaria deslumbrado, como aquele que passa sem transição do escuro para a luz. O esquecimento do passado o faz sentir-se mais senhor de si.

Resposta esclarecedora!

Com sangue novo, ou melhor, novo corpo, recomeçar sem as sombras do passado e as artimanhas do remorso, que muitas vezes nos fizeram cair, é benéfico, porquanto, entre tantas circunstâncias que se apresentam, o esquecimento temporário dos fatos não tolhe nossa iniciativa, principalmente no campo do Bem ou na reconstrução da própria vida. Ou seja, estamos, de certa forma, momentaneamente livres para escolher novos caminhos, sem culpa ou olhares de reprovação que nos embaraçam. 

E esses olhares de reprovação e comentários maldosos presenciamos sempre que alguém procura modificar suas disposições íntimas, em exclamações do tipo:

– Nossa, mas ainda outro dia deleitava-se com o vício e agora pensa que é santo! Quanta hipocrisia!

É a velha tendência humana de se prender ao passado, sem se atentar que as pessoas podem modificar suas disposições.

Mas complicado mesmo é quando a culpa começa a senhorear nossa vida. Com freqüência encontramos criaturas com doridas marcas provocadas pela culpa, e que não conseguem tomar iniciativas de reconstrução porque querem se autopunir, considerando que a autopunição quita os débitos perante a própria consciência. Nada disso! O melhor caminho é trabalhar e servir para apaziguar a consciência em chamas pelos equívocos cometidos.

Outra situação que comprova o benefício desse esquecimento temporário é o relacionamento dentro do lar. Não raro guarda-se a sete chaves, como um trunfo, uma suposta ofensa feita por um familiar, e espera-se apenas o momento oportuno para sacar a língua e dizer:

– Ah, mas não me esqueço daquele dia que você fez isso, aquilo e aquilo outro.

É curioso notar que são situações já ultrapassadas há meses, quando não anos. Sim, são situações ultrapassadas, mas não superadas pela velha imaturidade humana. Se não conseguimos por hora equacionar emoções vivenciadas nesta existência, imagine o que ocorreria se tivéssemos conhecimento de fatos ocorridos há milênios, e que foram motivos de muitas lágrimas por parte de todos os envolvidos. Se isso ocorresse, certamente nos perderíamos embaralhados em um turbilhão de emoções e sentimentos.

Porém, Deus é a sabedoria suprema, conhece nossas virtudes e limitações, e nos oferta o esquecimento temporário como sublime oportunidade de recomeço para que aprendamos a viver a existência atual como a de maior importância em nossa jornada, porquanto, o passado já se foi, o futuro virá, e o presente é para ser trabalhado, visando nosso progresso como Espíritos em evolução. Prender-se ao passado doloroso ou não, dessa ou de outra existência, para quê? Para nos aborrecermos, desanimarmos ou nos envaidecermos em demasia por essa ou aquela posição que ocupamos no mundo? O melhor é privilegiar o presente, pois é ele que oferta nossas maiores possibilidades de felicidade, aqui ou acolá, nesta e em futura existência.

     Wellington Balbo

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RESSUREIÇÃO E REENCARNAÇÃO

Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus — que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: “Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.” Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” Disse-lhe Nicodemos: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?” Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. — O que é nascido da carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. — Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. — O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.” Respondeu-lhe Nicodemos: “Como pode isso fazer-se?” — Jesus lhe observou: “Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. — Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?” (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.) A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, n.º 2, n.º 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” E insiste, acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo. (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 5 e 6.)

REENCARNAÇÃO- VEJA VOÇÊ VAI GOSTAR

VIDAS PASSADAS

Porque não lembramos de vidas passadas ? Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entreelatualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação,por isso a reencarnação., existe.Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia.

A Vida e o Aborto na Visão Espírita
O ser humano é um Espírito imortal, por Deus criado simples e ignorante, sujeito a reencarnações sucessivas, submetido às Leis Naturais do Progresso Moral e Intelectual. • Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.” 1 • Em que momento a alma se une ao corpo? “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz . Existindo como indivíduo desde o instante da concepção, o ser humano tem direito à vida que o Criador lhe deu, de manter e preservar a sua existência, dentro ou fora do útero materno. • Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.” 3 O atentado à vida do ser humano, em qualquer fase de sua existência, é contrário às Leis de Deus que regem a nossa vida e preconizam: “Não matarás” e “Não façamos aos outros o que não queremos que os outros nos façam”. • “ Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. ” 4 Ao instalar-se no organismo materno um novo ser, em início de nova existência, ele passa a ter o mesmo direito à vida que todo ser humano possui, acrescido, neste caso, do direito ao afeto, ao amparo e à proteção maternal e paternal decorrente do seu estado de dependência. Diante dos desafios da maternidade e da paternidade assumidos, que muitos enfrentam desprovidos de esclarecimento e necessitados de orientação e amparo, os espíritas somos convidados para a tarefa de esclarecer sobre o significado da vida e as dolorosas conseqüências do aborto. E a ampliar, quanto possível, a maternidade assistida, durante e depois da gravidez, proporcionando ao recém-nascido o afeto que lhe é devido, base de uma existência sadia e útil, objetivo da sua reencarnação. 1 O Livro dos Espíritos, questão 880. Ed. FEB. 2 Idem, questão 344. 3 Idem, questão 358. 4 O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 3. Ed. FEB.