terça-feira, 10 de novembro de 2009

REENCARNAÇÃO


Divaldo há cerca de 40 anos foi por vez primeira à Paris, hospedando-se na residência de familiares de um casal amigo residente aqui no Rio de Janeiro, à época: Ligia e Emílio Ribeiro.




A primeira noite naquela capital foi-lhe tormentosa, não conseguindo conciliar o sono de modo algum e sendo vítima de atrozes fenômenos psíquicos.

Pela manhã, sentindo-se muito estranho, pediu permissão ao casal anfitrião

para sair e dirigir-se a algum lugar que ele mesmo não sabia onde seria. O casal ficou perplexo, sem entender, como uma pessoa que jamais houvera ido àquela cidade pedia para sair sozinho, para ir não se sabia aonde... Ao demais eram 7 horas de uma segunda-feira, onde os monumentos históricos franceses não ficam abertos à visitação pública. Mas, Divaldo insistiu, afirmando-lhes que levaria o endereço deles no bolso e dizendo que qualquer coisa os avisaria por telefone ou pegaria um táxi. Eles anuíram.

Divaldo saiu a pé, depois pegou o metrô, depois um ônibus que começou a levá-lo para fora da cidade. Algum tempo se passou dentro do ônibus e o médium cada vez mais se sentindo noutra personalidade, essa muito endurecida, parecendo detestar tudo e todos à volta...

O ônibus começou a passar perto de certo bosque. Divaldo pediu ao motorista para descer do veículo, dirigindo-se a uma estrada de pedras, muito bem cuidada, uma estrada real, que terminava em frente a enorme Monastério também revestido de pedras, onde bela torre de igreja ao fundo predominava.

Era uma ordem religiosa, de monjas enclausuradas, que datava do século XVII, fundada em 1606 por um frade capuchinho.

Divaldo cada vez mais entronizava aquela personalidade estranha para ele, sentia-se aturdido, mas dispôs-se a bater à porta do Monastério, onde sorridente monja-porteira lhe informou que o Monastério não estava aberto à visitação pública; que as monjas eram enclausuradas e só lhes era permitida uma única visita masculina - a do confessor da Instituição.

Divaldo, muito pálido pediu que ela fosse chamar a monja-mestra e deu-se conta que estava falando em francês! Era um francês com um acento diferente...

Sem saber porque a moça aquiesceu, mandou-o entrar até o parlatório onde uma religiosa, de cerca de 60 anos, passou a lhe dizer da impossibilidade do intento por ele almejado. O médium mais pálido e suando muito disse que desejava uma entrevista com a Abadessa.

Veio a Abadessa, veneranda senhora belga de cerca de 70 anos, e passaram os dois a dialogar mais ou menos assim:

- Senhora, eu sou o fundador dessa Instituição, muito dura para com as jovens que aqui habitam, quando a instituí eu não me dava conta disso, mas hoje venho pedir-lhe para ser mais complacente com as monjas, aja com mais amor, com mais benevolência para com elas!

- Meu filho, você é tão jovem! Porque está falando em francês provençal? Meu filho, esta Instituição foi fundada no século XVII em 1625. Você está aturdido, vou providenciar levá-lo de volta. Onde se hospeda? Vá na companhia da irmã mestra e outra religiosa...

- Não antes que eu possa visitar a cela onde faleci.

- Como você sabe que nosso fundador morreu aqui?

- Irmã, eu sou ele! Eu vivia em orações contínuas, tanto que onde eu me ajoelhava, o piso de pedra-pome, ficou um pouco mais fundo que o restante do assoalho...A minha cela possuía uma gravura da Madona, que certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei um pedaço com uma vela acessa.

- Como o senhor pode saber disso? Essas referências verídicas não constam em nenhuma de nossas publicações!

- Irmã eu sou ele! A Irmã diz que não posso visitar minha cela porque teria que passar pelo pátio interno, onde ficam as clausuras proibidas ao sexo masculino...Mas, se formos pelo altar-mor, atrás dele, há uma porta, que dá para uns degraus, que vão terminar num corredor, onde sem passar pela clausura, sem passar pelo átrio principal, chegaremos à minha cela, irmã! Vamos!

Já que insiste tanto e para acabarmos logo com isso, venha e mostre-nos o caminho que diz conhecer! E Divaldo foi à frente, mostrando o caminho, que reconhecia, com a Abadessa logo atrás dele, depois a irmã-mestra seguida pela monja-porteira. Como nos velhos tempos... O fundador à frente de todas...

Depois do desejo do médium ter sido concretizado e, Divaldo ter observado na cela a surrada vestimenta do sacerdote, ter visto o chão realmente amolgado perto do genuflexório, e de não ter visto mais a gravura da Madona que lá não estava mais, todos muito emocionados, retornaram pelo mesmo caminho...

A Abadessa pediu para que as outras duas se retirarem e lhe pergunta o que seria aquele fenômeno. Divaldo fala-lhe abertamente da reencarnação, da lei de causa e efeito e, promete mandar-lhe o Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos em francês, logo que retornasse à Paris.

Já era hora do almoço e Divaldo, convidado, almoça na Instituição.

Continuam a conversar o médium e a Abadessa. Ela, muito emocionada, expressa amargura por saber disso tudo “tão tarde”, ao que Divaldo lhe diz que não, que ela estava na plenitude das suas forças e que poderia com o novo conhecimento, usar do Amor Incondicional do Cristo para com as moças ali recolhidas. Convidado a lanchar, pois já eram 16 horas, ele declina do convite, mas aceita voltar com as referidas monjas para Paris onde por certo o casal amigo deveria estar preocupado com tão prolongada ausência.

No dia seguinte, refeito e feliz, ele próprio vai a uma livraria para comprar os dois livros de Kardec, que o seu anfitrião, gentilmente, entrega no Monastério.

Passam a se corresponder ele e a Abadessa Beatriz que dois anos depois é transferida para a Bélgica, por obrigações administrativas; na década de 80 Divaldo a visita, no referido país, nonagenária, lúcida, muito feliz com o reencontro, mostrando-lhe o Evangelho Segundo o Espiritismo, que tanto lia e relia, e aí o médium lhe conta da sua vida atual, das conferências, da Mansão do Caminho e demais atividades que lhe dizem respeito.

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RESSUREIÇÃO E REENCARNAÇÃO

Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus — que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: “Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.” Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” Disse-lhe Nicodemos: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?” Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. — O que é nascido da carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. — Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. — O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.” Respondeu-lhe Nicodemos: “Como pode isso fazer-se?” — Jesus lhe observou: “Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. — Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?” (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.) A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, n.º 2, n.º 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” E insiste, acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo. (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 5 e 6.)

REENCARNAÇÃO- VEJA VOÇÊ VAI GOSTAR

VIDAS PASSADAS

Porque não lembramos de vidas passadas ? Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entreelatualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação,por isso a reencarnação., existe.Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia.

A Vida e o Aborto na Visão Espírita
O ser humano é um Espírito imortal, por Deus criado simples e ignorante, sujeito a reencarnações sucessivas, submetido às Leis Naturais do Progresso Moral e Intelectual. • Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.” 1 • Em que momento a alma se une ao corpo? “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz . Existindo como indivíduo desde o instante da concepção, o ser humano tem direito à vida que o Criador lhe deu, de manter e preservar a sua existência, dentro ou fora do útero materno. • Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.” 3 O atentado à vida do ser humano, em qualquer fase de sua existência, é contrário às Leis de Deus que regem a nossa vida e preconizam: “Não matarás” e “Não façamos aos outros o que não queremos que os outros nos façam”. • “ Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. ” 4 Ao instalar-se no organismo materno um novo ser, em início de nova existência, ele passa a ter o mesmo direito à vida que todo ser humano possui, acrescido, neste caso, do direito ao afeto, ao amparo e à proteção maternal e paternal decorrente do seu estado de dependência. Diante dos desafios da maternidade e da paternidade assumidos, que muitos enfrentam desprovidos de esclarecimento e necessitados de orientação e amparo, os espíritas somos convidados para a tarefa de esclarecer sobre o significado da vida e as dolorosas conseqüências do aborto. E a ampliar, quanto possível, a maternidade assistida, durante e depois da gravidez, proporcionando ao recém-nascido o afeto que lhe é devido, base de uma existência sadia e útil, objetivo da sua reencarnação. 1 O Livro dos Espíritos, questão 880. Ed. FEB. 2 Idem, questão 344. 3 Idem, questão 358. 4 O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 3. Ed. FEB.